A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) reforça a necessidade de que os moradores colaborem, realizando a limpeza periódica dos lotes, evitando criar locais propícios para a proliferação do caramujo e outras arboviroses.
Introduzido no Brasil na década de 1980, o caramujo Achatina Fulica, mais conhecido como Caramujo Gigante Africano, tornou-se um problema no país desde então. Transmissor de diversas doenças e portador de parasitas, necessita de cuidados redobrados. Confira as dicas do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de São Sebastião (NUVAL/SES-DF) sobre como proceder.
De acordo com a chefe do NUVAL de São Sebastião, Aline Ruben Cardoso, a temperatura elevada e a umidade facilitam a proliferação dos caramujos. “Os caramujos se alimentam de qualquer tipo de vegetais, frutas, folhas etc..Locais onde existe o cultivo de hortaliças ou abandonados se tornam mais vulneráveis” alerta Aline.
Por não existirem órgãos que recolham os moluscos, é necessário que o morador realize a catação, fazendo o uso de luvas, cavando uma vala de no mínimo 40cm de profundidade, colocar cal virgem no fundo e depois os moluscos, e finalmente aterrar. “Lembrando que o local deve ser longe de Minas, Cisternas, poços artesianos e lençóis freáticos", afirma.
“O que deve ser feito é a conscientização dos moradores para que cada um cuide dos seus lotes, e o Condomínio fique responsável pelas áreas comuns" informa Aline Cardoso.
Por isso, desde 2018 a Amorville comunica a Zoonose e à Secretaria de Saúde do DF quando há presença do molusco nos quintais e parquinhos do condomínio, para que sejam realizadas vistorias nas áreas comuns e também nas residências onde foram encontrados. (Confira aqui). A administração também realiza a roçagem das áreas verdes e notifica os moradores que precisam redobrar os cuidados com o quintal.
Confira mais dicas de segurança e prevenção da SES-DF
Existem outras duas maneiras apresentadas pela Secretaria de Saúde do DF para eliminar os ovos e os caramujos que você encontrar no quintal.
Não use veneno ou moluscicidas!
Por não serem espécies-específicas, colocam em risco também os moluscos nativos. Essas substâncias podem ser muito tóxicas, podendo ocasionar intoxicação humana e a morte acidental de outros animais, inclusive os domésticos.
Confira aqui como diferenciar o Caramujo Africano do caramujo nativo, o Megalobulimus sp, conhecido como caramujo-da-boca-rosada ou aruá-do-mato.
Publicado em 07/01/2021